"O único lugar onde o sucesso

vem antes do trabalho é no

dicionario."

terça-feira, 17 de julho de 2012

Escola e a inclusão

ESCOLA E A INCLUSÃO


A Escola Inclusiva busca seu espaço na Constituição Federal, de 1988, no Estatuto da Criança e do Adolescente, de 13 de julho de 1990, na Lei de Diretrizes e Bases, Lei n.º 9.394/96, na Declaração Mundial de Educação para Todos e Declaração de Salamanca, além de muitas outras leis, decretos e portarias, que garantam a todos direito à educação, colocando da importância das instituições adequarem seus espaços, currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica para atender às necessidades individuais dos educandos.
As transformações e exigências do mundo atual requerem mudanças da escola, para que a mesma possa oferecer aos seus educandos qualidade de ensino a que têm direito. Assim, para que cada escola possa melhorar seu trabalho em direção a um ensino de qualidade e inclusivo, é preciso repensar e ressignificar a escola dentro do novo contexto social
Dessa forma, a Educação Inclusiva torna-se um instrumento para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, o que faz urgente identificar as causas que estão favorecendo a exclusão de grande contingente populacional sabendo-se que o princípio da equidade reconhece a diferença e a necessidade de haver condições diferenciadas para o processo educacional, tendo em vista a garantia de uma formação de qualidade para todos.
Lidamos hoje, com duas modalidades de inserção de aluno portador de necessidades educativas especiais. A primeira delas, a integração, baseia-se no princípio de normalização, e entende que a parte cabível à escola seria "abrir as portas" aos alunos com deficiência, oferecendo situações individualizadas de aprendizagem (sala especial, sala de recursos), cabendo ao aluno adaptar-se à estrutura existente.
A outra modalidade é a inclusão, que ao contrário da integração coloca na escola a responsabilidade da inserção do aluno. Ou seja, cabe à escola adaptar-se às particularidades e necessidades do aluno. A escola tem que fazer as mudanças necessárias para atender a TODOS. Enquanto a primeira não questiona o sistema escolar, deixando a responsabilidade em cima dos alunos, a segunda promove profundas discussões em torno de currículos, objetivos, práticas pedagógicas e avaliação. Na inclusão há um estímulo ao trabalho cooperativo e uma ênfase na diversidade como fator de crescimento para todo o grupo.
Referêcias
LOCATELLI, Adriana Cristine Dias, VAGULA, Edilaide, fundamentos da educação especial, São Paulo, pearson education do Brasil, 2009

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Metodologia de matemática para lunos DA

A metodologia de matemática utilizada no ensino dos surdos, não modifica muito da que se usa com os alunos ouvintes, embora a linguagem seja diferente, os métodos aplicados às séries iniciais são os mesmos, principalmente o uso de recursos ilustrativos como figuras, e o letramento dos alunos para entendimento dos problemas. Via de regra, para os alunos surdos o professor necessita trabalhar a leitura com mais persistência, uma vez que para isso, não deve formar copistas e a dificuldade do aluno surdo é a decodificação do código lingüístico. Assim, mais uma vez, a questão comunicativa está presente na elocução dos fatos que compõem a função social dos surdos. Apesar deste detalhe, ainda há possibilidade de se chegar até o raciocínio lógico-matemático dos surdos, com pequenas adaptações como o uso de uma língua (a LIBRAS) que serve como ponte entre conhecimento do professor ouvinte e o silêncio dos surdos, dentre as vantagens está à mudança na concepção dos próprios surdos sobre a sua capacidade.

Literatura para Surdos

Literatura Surda é uma das disciplinas do curso superior de Letras/LIBRAS ministrada pela professora Lodenir Karnopp. Segue abaixo, alguns trechos interessantes do texto base dessa disciplina.
“A literatura surda (…) se manifesta nas histórias contadas em sinais, mas o registro de histórias contadas no passado permanece na memória de algumas pessoas ou foram esquecidas. Assim, estamos privilegiando a literatura surda contemporânea, após o surgimento da tecnologia, da gravação de histórias através de fitas VHS, CD, DVD ou de textos impressos que apresentam imagens, fotos e/ou traduções para o português. O registro da literatura surda começou a ser possível principalmente a partir do reconhecimento da LIBRAS e do desenvolvimento tecnológico, que possibilitaram formas visuais de registro dos sinais.”
“(…) além das produções em vídeo (DVD), a escrita da língua de sinais (SignWriting) é uma forma potencial de registro da literatura surda, pois possibilita que os textos sejam impressos e que circulem em diferentes tempos e espaços.”
“Contar histórias é um hábito tão antigo quanto a civilização. Contar histórias é um ato que pertence a todas as comunidades: comunidades indígenas, comunidades de surdos, entre outras. Contar histórias, piadas, episódios em línguas de sinais pelos próprios surdos é um hábito que acompanha a história das comunidades surdas. Cabe, então, coletar as narrativas que surgem nessas comunidades, para que não desapareçam com o tempo.”
“A literatura surda está relacionada com a cultura surda. A literatura da cultura surda, contada na língua de sinais de determinada comunidade lingüística, é constituída pelas histórias produzidas em língua de sinais pelas pessoas surdas, pelas histórias de vida que são frequentemente relatadas, pelos contos, lendas, fábulas, piadas, poemas sinalizados, anedotas, jogos de linguagem e muito mais.”
“(…) utilizamos a expressão “literatura surda” para as produções literárias que têm a língua de sinais, a questão da e da cultura surda presentes nos textos e/ou nas imagens.”
Fonte: Texto base – Literatura Surda – Letras/LIBRAS
Quer saber mais um pouco da Literatura Surda? Então viaje, deliciei numa linda leitura do Mestre Carlos Mourão!!

O aluno surdo na escola regular: imagem e ação do professor



Este estudo teve como origem a atuação de uma psicóloga que desenvolve um trabalho de orientação destinado a pais de crianças surdas que freqüentam escola regular e recebem atendimento especializado no Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação (Cepre – Unicamp).

No trabalho realizado com as famílias de crianças surdas, as mães queixam-se de que a inclusão não vem ocorrendo como desejariam. Seus filhos têm mais dificuldades para aprender, sobretudo em função da falta de preparo especializado dos professores. O fato de o professor não estar devidamente preparado para receber o aluno surdo é realidade, e acontece com a maioria dos professores de escola regular. Assim, quando o professor recebe esse aluno, muitas vezes exibe idéias preconcebidas ou concepções equivocadas a respeito da surdez, muitas vezes atribuindo ao aluno imagens depreciativas.

Essas imagens se refletem na própria postura do professor frente a suas ações em relação às crianças. São justamente estas ações que as mães relatavam como queixas no atendimento em grupo realizado pelo Setor de Psicologia, pedindo orientações tanto para ela como para o professor. Foi neste cenário, de ansiedade e angústia das mães, de discussão destas dificuldades com os profissionais do Programa de Apoio à Escolaridade, que se deu início ao trabalho de busca de dados junto aos professores da escola comum, na tentativa de se definir qual a imagem que estes profissionais têm do aluno surdo, da surdez e do processo ensino-aprendizagem, analisando-se, assim, a influência desta imagem na prática pedagógica.

Para conceituar imagem, recorreu-se a trabalhos da Psicologia Social, mais especificamente às idéias de Serge Moscovici. Para Moscovici (1978), a imagem faz parte das representações sociais que subjazem aos nossos atos e nos tornam comuns.

Ao longo de sua obra, Moscovici (1978) faz uma diferença entre imagem e representação social. A imagem é vista como passiva, apreendida de forma reflexa, na consciência individual ou coletiva de um objeto, de um feixe de idéias que lhe é exterior. A representação, por outro lado, deve ser encarada de um modo ativo, pois seu papel consiste em modelar o que é dado do exterior, na medida em que os indivíduos e os grupos se relacionam de preferência com os objetos, os atos e as situações são constituídos por miríades de interações sociais. Em outras palavras, a representação social é uma modalidade de conhecimento particular que tem por função a elaboração de comportamentos e a comunicação entre os indivíduos.

Embora Moscovici (1978) faça uma diferença entre imagem e representação social, ele admite que imagem é utilizada para designar uma organização mais complexa ou mais coerente de juízos de valor ou de avaliação. É concebida como reflexo interno de uma realidade externa, cópia fiel no espírito do que se encontra fora dele, sendo assim uma reprodução passiva de um dado imediato. O autor considera que o indivíduo carrega em sua memória uma coleção de imagens do mundo sob seus diferentes aspectos; é como se essas imagens fossem espécies de ''sensações mentais'', de impressões que os objetos e as pessoas deixam em nosso cérebro.

O termo imagem será utilizado no decorrer deste trabalho para se referir ao resultado das representações sociais que os sujeitos constroem no contato com os objetos, com as pessoas e com as situações vivenciadas no mundo.

Mensagens

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Apresentação da música ''E preciso saber viver."

Veja o vídeo " Aprender a aprender"

 Educação de alunos DA

Na discussão sobre a educação dos surdos, devem-se relevar as necessidades e dificuldades lingüísticas dos mesmos. Atualmente, entende-se, na educação desses alunos, a primeira língua deve ser a de sinais, pois possibilitam a comunicação inicial na escola em que eles são estimulados a se desenvolver, uma vez que os surdos possuem certo bloqueio para a aquisição natural da linguagem oral.
O ensino de libras vem sendo reconhecido como caminho necessário para uma efetiva mudança nas condições oferecidas pela escola no atendimento escolar desses alunos, por ser uma língua viva, produto de interação das pessoas que se comunicam.
Essa linguagem é um elemento essencial para a comunicação e fortalecimento de uma identidade Surda no Brasil e, dessa forma, a escola não pode ignorar no processo de ensino aprendizagem.
            A educação inclusiva se orienta pela perspectiva da diversidade, com metodologias e estratégias diferenciadas, com responsabilidade compartilhada, cuja capacitação do professor passa pelo conhecimento sobre a diversidade, com a família, responsabilidade para com o exercício da profissão. As transformações acontecem na atividade principal, quando o aluno esta dentro da sala de aula.
Este é o principal motivo de haver modificação, pois sem ela, não haverá mudança, considerando que as relações e a constituição do ser humano acontecem nas situações mais ocultas da vida.
Segundo Quadros (1998, pg. 64), assim como as línguas faladas às línguas de sinais não são universais: cada país apresenta a sua própria língua. No caso do Brasil, tem - se a LIBRAS.
O ensino de dessa linguagem é uma questão preocupante no contexto da educação dos surdos, pois o reconhecimento da importância do estudo da mesma no ensino de surdos, ainda é deixado de lado. Portanto há uma necessidade maior de reflexão no sentido de evidenciar a sua importância.

De acordo com FRITH (1985,1990 p. 1503):
“A dislexia do desenvolvimento consiste numa interrupção da progressão da leitura ao longo dos estágios logográfico, alfabético e ortográfico. Nessa dislexia, a criança tem dificuldades para progredir do estagio logográfico ao alfabético, e em desenvolver a rota fonológica. Assim, ela tende a fazer leitura visual de um conjunto limitado de palavras de sobrevivência de alta freqüência que conseguiu memorizar, e comete erros visuais envolvendo a composição grafêmica das palavras”.

A principal função da escola é possibilitar ao aluno adequar-se ao conhecimento ensinado pelo professor. Neste processo de ensino aprendizagem, os conceitos oferecidos pela escola interagem com os conceitos do senso comum aprendidos no cotidiano e, nessa interação é que a escola reorganiza os ensinamentos modificando-os, que se consolidam a partir do senso comum.
Para essas reflexões serem realizadas, as bases teóricas foram buscadas em estágios em salas de aula, em questionários aplicados a professores especializados e em bibliografia de outros autores como: Heloisa Maria Moreira Lima Salles, Enilde Faulstich, Orlene Lúcia Carvalho, Ana Adelina Lopo Ramos, Carlos Skiliar, entre outros, pois desenvolvem pesquisas e análises de suma importância apresentado no devido artigo.

Atividades em Libras

Inclusão Escolar